quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Convite para a nossa festa

Já podemos imprimir e começar a convidar nossos amiguinhos para participarem conosco nesta linda festa. Contamos com sua ajuda.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Criança e a Autoestima


Repetir procedimentos não é aprender. Um computador já faz isso com perfeição, mas, é ele um bom aprendiz ou um mestre imitador?

Um processo autônomo, como o gesto de andar, depois correr, ou aprender a pegar, segurar alguma coisa, nada disso requer inteligência, uma vez que são processos involuntários, do mesmo modo que o são, o olhar, o sentir cheiro, o escutar sem direito a escolha. Já sabemos pegar nas coisas, de berço, e com o tempo, apenas vamos aperfeiçoando a técnica, depois aprendemos a dar nomes aos objetos que estamos segurando. E para nada disso é requerida a inteligência, pois trata-se de um mero gesto de repetição, imitação, assim como o faz um papagaio, que é capaz de imitar sons, mesmo sem saber o que significam.

Criatividade não significa estar apto a repetir, a imitar, a decorar pantomimas para depois praticá-las como se fossem habilidades. Podemos ter ideias, mas isso na verdade reflete apenas uma diferente forma de se ver algo já existente. Nesse caso, uma ideia anterior, segue modificada, com aparência de nova, assim como nosso comportamento, que se parece coisa nova, quando na verdade, apenas o veículo que é nosso corpo é novo, não os hábitos.

A insatisfação e satisfação, opostos de um mesmo estado, é a causa e efeito de toda ação humana. É o que determina o que devemos ou não desejar, procurar obter, evitar, criar nossos objetivos de vida. Também, a partir destes dois pontos, que são pontos equidistantes de uma mesma coisa, isto é, a busca por satisfação, todas as personalidades humanas são criadas.

E disso também resulta a maioria dos estados emocionais do homem. Tristezas e alegrias, melancolia e euforia, medo e coragem, falta de confiança e confiança em si mesmo. Também os motivos que causam cada um destes estados nos indivíduos, estão associados ao desejo de obter satisfação. Isso significa ser aceito, bem sucedido, bonito, capaz, idolatrado, desejado, ter poder.

Compreender porque desejamos sempre mais que nossas necessidades, liberta a mente da sede de poder. Assim, ainda na infância, as frustrações dos adultos, educadores involuntários das crianças, devem ser contidas diante destas. Uma frustração adulta, quando exortada diante de uma criança, sinaliza para a mesma, que aquele comportamento é natural, que deve ser imitado. E embora intelectualmente a mesma ainda seja incapaz de compreender o que está acontecendo, os efeitos emocionais, tais como ansiedade, inquietação, intolerância e irritabilidade, estes são de compreensão imediata.

Confiança em si mesmo, é quando conseguimos enfrentar nossos próprios medos. É o sentir-se capaz de superar obstáculos que se apresentam como grandes problemas. Isso se consegue quando se têm auto-motivação, que é um sentimento de certeza interior. Certeza de que os problemas podem ser superados, nunca pode existir no medroso, onde lhe falta a confiança em si mesmo. Essa qualidade não é inata, mas produto de aprendizado, com as pessoas que estão à nossa volta.

Uma criança que apenas aprendeu a ouvir lamentações, expressões de mágoas e ressentimentos, jamais terá forças para enfrentar seus dilemas pessoais. Terá sua motivação desviada para expressar os estados de apatia, frustrações, coisa própria daqueles que fazem do seu viver uma central para lamentações, que insistem em cultivar mágoas e ressentimentos.

Sentir-se-á incapaz de realizar qualquer coisa, inseguro por não se achar apto para nada, sequer para pensar com clareza, e acabará por repetir as lamentações que lhe serviram de lastro no passado. Desse modo, como a auto-piedade se torna seu mestre psicológico, não terá forças para reagir diante de problemas, e procurará para sempre, depender daqueles que resolvam tais coisas para si.

Do mesmo modo, quando se exige de uma criança a perfeição, acabamos por criar um individuo isolado do mundo, demasiado critico, medroso de ser repreendido, que mais se preocupará com a opinião alheia, do que com sua própria felicidade. Terá medo até dos próprios pensamentos, embora, na maioria dos casos, jamais descubra a causa de agir dessa forma.

Mostrar desde cedo, com gentileza, sem exigências de perfeição, que os problemas são questões que podem ser resolvidas, desde que encarados de frente, com coragem, determinação e conhecimento, ajudará a criança a preparar o seu emocional para tais situações. De que adianta mostramos para elas apenas o resultado emocional de um problema, através de nossas expressões de raiva, de angústia? Isso apenas servirá para que se tornem ansiosas, sem uma causa aparente, diante de qualquer situação, mesmo de uma surpresa, ou alegria, ou uma simples espera por qualquer coisa.

Do mesmo modo, fazê-las compreender que os erros, longe de ser demonstrações de fraqueza ou imperfeições, servem como guias para os acertos, capacitará todas elas para serem mais tolerantes, mais flexíveis em seus julgamentos e expectativas, diante de qualquer coisa.

E, finalmente, devemos nos lembrar de repreender uma falha com orientação, e um acerto com incentivo. Lembrando que na orientação, a paciência será fundamental para que ela apreenda o que está sendo dito. Do mesmo modo, um acerto não se incentiva com prendas ou elogios fáceis, mais com encorajamento, com apreciação verdadeira, com demonstração clara, inequívoca, de que aquilo tem algum valor.
Autor: Jon Talber

sábado, 9 de outubro de 2010

Aprenda a Conhecer seu Filho


Para contribuir ainda mais para o desenvolvimento de seus filhos, os pais devem sempre observar com muita atenção as crianças para conhecê-las melhor. A partir do momento em que conseguem obter o máximo de informações sobre as características e preferências dos filhos, torna-se possível estimulá-los propondo atividades que apresentem a medida certa de desafio: propostas nem tão fáceis que nada acrescentarão às crianças, nem tão difíceis que se tornem impossíveis de realizar.


Quando os pais buscam este equilíbrio para estimular o desenvolvimento dos filhos, mas ainda não estão muito seguros sobre o que eles já sabem ou sobre o que podem e desejam aprender, pode-se propor uma primeira atividade para cumprir esta função de levantar o máximo de subsídios que os ajudem a conhecer o que as crianças já sabem.

Visando facilitar esta observação e identificar as capacidades das crianças, os pais podem estimular diversas situações, como jogos educativos, atividades esportivas, contar histórias ou fazer a leitura de livros em conjunto, passeios em zoológicos, teatros, cinemas e museus, por exemplo, além de acompanharem as tarefas escolares dos filhos em casa. O que é muito importante!

Durante estas atividades, é preciso registrar o máximo de informações possíveis sobre as características dos filhos: como é sua postura enquanto realiza as atividades; seu grau de atenção e concentração; qual a capacidade de leitura e a riqueza de vocabulário e como isso pode ser estimulado; seu relacionamento interpessoal e sua capacidade de realizar um trabalho em grupo. Além disso, os pais também podem observar como está a capacidade de organização, o capricho, a responsabilidade, a rapidez e agilidade, e sua curiosidade para aprender coisas novas.

Ao montar um quebra-cabeça com seu filho, por exemplo, procure observar como está sua coordenação motora fina, isto é, como ele segura as peças, quantas peças ele consegue montar, sua concentração, capacidade de perceber detalhes e a agilidade com que encaixa as peças.

Outro exemplo de atividade muito rica e que auxilia na observação das características dos filhos é a leitura de livros. Procure identificar que tipo de livros os filhos gostam de ler, com que frequência fazem essa leitura, como está o vocabulário das crianças e como é a fluência dessa leitura. É importante que os pais, ao contarem histórias para os filhos ou ouvirem uma narrativa contada por eles, busquem estimular a criatividade das crianças fazendo perguntas sobre os textos, propondo um novo enredo e, até mesmo, inventando novos personagens.

Ao propor estas atividades, os pais precisam estar dispostos a aprender com as características dos filhos, sem pré-julgamentos ou rigidez na avaliação. O olhar dos pais deve estar voltado para buscar as capacidades que os filhos já apresentam desenvolvidas, sempre pensando em contribuir para que as crianças sejam cada vez melhores. Portanto, vá com calma e respeite o tempo deles.

Aprender com as características dos filhos não é uma tarefa fácil, mas é preciso tentar e buscar estimular ao máximo para que eles se desenvolvam cada vez mais.

Proponha algumas atividades para o seu filho e observe suas habilidades. Você pode descobrir o filho brilhante que você tem!
Autora: Any Bicego Queiroz

domingo, 3 de outubro de 2010

Vem Brincar Comigo


Muitos escritores já escreveram coisas bacanas sobre a importância das brincadeiras na infância e estou certa de que muitos pais já leram ou ouviram falar desse tema.
É brincando que as crianças vão dramatizando e entendendo o que é ser adulto. Aprendem como a sociedade funciona e espera que ela se comporte. Assim, testam regras, conceitos, leis etc. As crianças fazem da brincadeira o seu portal de aprendizado.
Os pais que não sabem como brincar com os filhos, ficam receosos de não estar realizando uma atividade pedagogicamente adequada ou por não conseguirem entrar no mundo do faz de conta. Ficam preocupados quando percebem nas brincadeiras dos filhos atitudes de ferir ou matar o outro. No entanto, as brincadeiras também desempenham papel importante no alívio da agressividade, presente em todos nós.
Brinco muito com meus filhos de Tiranossauro Rex. Acho fantástico quando eles me transformam ou se transformam nesse dinossauro feroz. Saímos aos gritos pela casa e da mesma forma fantasiosa que eles me matam me beijam carinhosamente felizes com a brincadeira.
Os filhos adoram que seus pais brinquem com eles. Pode ser de qualquer brincadeira, desde que os pais estejam presentes neste universo e não a espera do noticiário, do e-mail ou de algum adulto que venha necessitar deles.
Sabemos que nossa vida é cheia de eventos importantes que necessitam da nossa atenção. Por isso, os momentos junto aos filhos precisam ser desejados e não um compromisso com hora para começar e terminar!
Brincar também deve fazer parte da nossa vida. Quando passamos pela infância, sabíamos bem a delícia que era brincar. Depois da infância veio o quê? O fim da brincadeira. Que chato, hein?
Se você deixar a fantasia fazer parte da sua vida também poderá se beneficiar dela. Imagine fazer das pessoas e fatos que te incomodam uma caixa de marimbondos grudada na sua janela e bolar um plano infalível para retirá-la dali sem ser picado. Eu não consigo imaginar ninguém melhor do que seu filho para te ajudar nesse plano, concorda?
A necessidade de brincar é prerrogativa das crianças, mas não só delas. Podemos brincar à vontade, não é mesmo? Brincar enquanto estamos dirigindo, imaginando que somos um ser alienígena que não está entende porque os carros não acionam um botão e começam a voar. Brincar que somos o Tio Patinhas e que decidimos abrir o cofre e fazer um montão de coisas bacanas com aquele dinheiro.
Enfim, se deixarmos o "Pequeno Príncipe" que mora dentro de nós conversar conosco, estou certa que pelo menos nossa vida será recheada de maravilhosas gargalhadas. E os momentos de brincar com nossos filhos serão ansiosamente aguardados por papai, mamãe e filhinhos.
Autora: Antoniele Fagundes